sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Reflexões sobre as eleições

Caros leitores, o período de eleições em Bruzundanga me deixa deprimida, não pense que tenho saudades do tempo do Império, a verdade é que a democracia aqui ainda é como uma cocote, todos lhes fazem juras de amor eterno, mas na verdade todos só querem se aproveitar e tirar vantagens.

Não tive animo para escrever, assistindo tantas barbaridades e sandices nesta campanha. Sair às ruas e ver a população pobre plantada na via pública segurando os cartazes de propaganda dos candidatos é um espetáculo deprimente, é o explorado garantindo a permanência do explorador.

Outro dia, passando por Irajá, vi um cartaz de um jovem político, filho e neto de caciques locais, que tinha como slogan a seguinte frase: “a política está no sangue”. Fiquei com essa frase na cabeça e não é que o menino foi eleito! Depois disso, verifiquei a listas dos candidatos eleitos, pude constatar que aqui em Bruzundanga, os cargos eletivos são hereditários, ao que tudo indica “estão no sangue”. Piciane já colocou os dois filhos, Bolsonaro, Garotinho e César Maia idem. Fico perguntando com meus botões, quem são os eleitores destes filhotes, com a exceção da cria do César Maia, os demais são ilustres desconhecidos fora do período de eleições, mas passado o pleito surgem como deputados estaduais e federais. Espero que algum dia façam uma C.P.I., séria naturalmente, para esclarecer essa misteriosa hereditariedade...

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